Resumo
O jeito que a Inteligência Artificial (IA) apareceu e como as mídias digitais viraram importantes canais de influência mundial trouxe novos problemas para a forma como as coisas são administradas. Este texto tenta entender como a governança analisa tudo isso, mostrando que só seguir as leis não basta. Precisamos agir de forma antecipada, com ética e envolvendo vários setores, para diminuir os perigos e aproveitar ao máximo as vantagens para a sociedade e a economia. Ao analisar duas formas de governança – o modelo de auto avaliação do governo brasileiro para saber o impacto ético da IA e as orientações da UNESCO para a gestão das plataformas digitais – este estudo mostra os pontos parecidos e os desafios importantes para cuidar bem do mundo digital. Os resultados mostram que precisamos de um modelo de governança que foque em criar coisas de forma responsável e proteger os direitos mais importantes das pessoas.
Palavras-chave: Governança, Inteligência Artificial, Mídias, Ética, Plataformas Digitais.
1. Introdução
Hoje em dia, a tecnologia está indo muito depressa, e a Inteligência Artificial (IA) e as mídias, principalmente as plataformas digitais, estão mudando a forma como o poder, a comunicação e as decisões funcionam. Essas novidades trazem coisas boas como mais eficiência e mais gente conectada, mas também trazem questões éticas, sociais e de regras bem complicadas. O impacto dessas tecnologias não é só no trabalho, mas também na maneira como a governança funciona, tanto nas empresas quanto no governo, fazendo com que repensem como as coisas são feitas.
A pergunta principal que este trabalho tenta responder é: Como a governança deve mudar para lidar com os impactos éticos, sociais e legais das novas tecnologias e mídias, garantindo que os direitos sejam protegidos e as decisões sejam tomadas de forma correta?
O objetivo principal é analisar como a governança funciona para a IA e as plataformas digitais, encontrando as melhores formas de fazer as coisas e os problemas que essas novidades trazem. Para isso, o texto está dividido em cinco partes: análise de como a IA é administrada no Brasil, a visão da UNESCO sobre as plataformas digitais envolvendo vários setores, uma discussão sobre o que é parecido e os desafios, e a conclusão.
2. A Governança na Era Digital
A governança é basicamente a forma como as organizações são dirigidas, acompanhadas e incentivadas, envolvendo a relação entre as pessoas interessadas. No mundo digital, isso também significa cuidar dos perigos e oportunidades que a tecnologia traz, principalmente aquelas que mudam tudo, são difíceis de entender e acontecem muito rápido.
As tecnologias, como a IA, são difíceis de entender (como uma caixa preta), o que dificulta saber como as decisões são tomadas e justificá-las. A velocidade com que elas aparecem e se espalham é maior do que a capacidade dos governos de criar regras para elas. As mídias, por sua vez, viram novos atores de poder, capazes de influenciar a opinião das pessoas e a forma como as decisões são tomadas em todo o mundo, o que precisa de uma governança que vá além das fronteiras.
Para que a governança funcione nesse cenário, ela precisa ir além de só seguir as regras, incluindo uma preocupação com a ética e a responsabilidade social desde o começo da criação da tecnologia.
3. O Modelo Ético da Governança de Inteligência Artificial (Estudo de Caso Brasil)
Para que a IA seja administrada de forma ética, o Governo Brasileiro criou um modelo para avaliar o impacto ético da Inteligência Artificial no governo. Esse documento serve para ajudar e prevenir problemas, buscando criar uma cultura de responsabilidade na hora de criar e usar sistemas de IA.
O principal desse modelo é a Avaliação de Perigos, que deve ser feita logo no começo da criação e do planejamento. A preocupação com o Perigo Excessivo mostra que a governança não serve só para melhorar as coisas, mas principalmente para proteger. Projetos de IA que podem causar muitos problemas devem ser analisados com cuidado, dando mais importância à lei e à ética do que à inovação em si.
4. Governança das Plataformas Digitais Envolvendo Vários Setores (A Visão da UNESCO)
No mundo das mídias, as orientações da UNESCO para a governança das plataformas digitais trazem uma visão global e envolvendo vários setores. O documento quer proteger a liberdade de expressão e o acesso à informação em um mundo digital cada vez mais dominado por grandes empresas.
A UNESCO propõe que a responsabilidade seja dividida entre governos, plataformas digitais, organizações entre países, sociedade e mídia.
As orientações descrevem o que cada um deve fazer – governos, plataformas digitais, organizações entre países, sociedade, mídia – para criar um sistema global que funcione bem para o mundo digital, garantindo que os direitos humanos sejam mantidos e protegidos contra a desinformação.
A governança das plataformas se concentra em coisas importantes como cuidar do que é publicado, mostrar a publicidade de forma clara e criar formas de reclamar e recorrer que realmente funcionem. A governança aqui se preocupa com a honestidade da informação e com a responsabilidade de quem influencia a opinião das pessoas.
5. Discussão: O Que é Parecido e os Desafios para o Futuro da Governança
Ao analisar os modelos de IA (Brasil) e de Plataformas Digitais (UNESCO), vemos que eles têm coisas parecidas, como a necessidade de uma governança que priorize os direitos humanos e a ética.
O maior desafio para o futuro da governança é conseguir colocar esses princípios em prática nas regras e no dia a dia. A velocidade com que a tecnologia avança, a questão de quem manda no mundo digital e a luta contra a desinformação são problemas que não desaparecem. A governança precisa ser flexível, mudando junto com as tecnologias que tenta controlar.
6. Conclusão
O impacto das novas tecnologias e mídias exige uma mudança grande na forma como a governança enxerga as coisas. Não basta só seguir as regras; é preciso uma governança que aja, seja ética e se preocupe com os perigos. A IA e as plataformas digitais, por terem um grande impacto, precisam de modelos específicos que, no final, se juntam para proteger os direitos mais importantes e promover a honestidade.
Usar práticas como criar coisas de forma responsável e avaliar os perigos logo no começo dos projetos tecnológicos é fundamental para garantir que a inovação ajude a sociedade, e não o contrário. Também é importante entender como esses modelos funcionam em diferentes situações e criar formas de medir o impacto ético e social das tecnologias.
7. Referências
1- IBGC. Os impactos da tecnologia na governança corporativa. Disponível em: https://www.ibgc.org.br/blog/impactos-tecnologia-governanca-corporativa. Acesso em: 16 nov. 2025.
2- IBGC. 5 princípios básicos para a governança em transformação. Disponível em: https://www.ibgc.org.br/blog/guia-rapido-gndi-conselhos-transformacao-digital. Acesso em: 16 nov. 2025.
3- GOVERNO DIGITAL (Brasil). Framework para a Autoavaliação de Impacto Ético em Inteligência Artificial no Setor Público Federal. Disponível em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/infraestrutura-nacional-de-dados/inteligencia-artificial-1/publicacoes/framework-para-a-autoavaliacao-de-impacto-etico-em-inteligencia-artificial-no-setor-publico-federal. Acesso em: 16 nov. 2025.
4- UNESCO. Diretrizes para a governança das plataformas digitais. Disponível em: https://www.unesco.org/pt/articles/diretrizes-para-governanca-das-plataformas-digitais. Acesso em: 16 nov. 2025.
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